domingo, 23 de agosto de 2009

Faleceu Morais e Castro

José Armando Tavares de Morais e Castro nasceu em Lisboa a 30 de Setembro de 1939. Actor e encenador, Morais e Castro era também licenciado em Direito pela Universidade de Direito de Lisboa, tendo igualmente exercido a profissão de advogado. Foi também dirigente do Partido Comunista Português (PCP). Morais e Castro, que era casado com a actriz Linda Silva, estreou-se no palco com o Grupo Cénico do Centro 25 da Mocidade Portuguesa quando ainda era estudante do liceu. A sua estreia a nível profissional ocorreu no Teatro do Gerifalto, dirigido por António Manuel Couto Viana, com a peça "A Ilha do Tesouro". Em 1958 estreou-se na televisão intrepretando "O rei veado", de Carlo Gozzi, realizado por Artur Ramos. No Teatro do Gerifalto integrou várias peças como "O fidalgo aprendiz", de Francisco Manuel de Melo, ou "Os velhos não devem namorar", de Afonso Castellau. Em 1960, interpretou juntamente com Laura Alves a peça "Margarida da Rua" e um ano depois estreou-se na encenação, dirigindo "O borrão", de Augusto Sobral, no grupo Cénico de Direito, que no mesmo ano foi premiado no Festival de Teatro de Lyon. Em 1962 integra o elenco do filme "Pássaros de asas cortadas", de Artur Ramos, tendo integrado entre 1961 e 1965 o teatro Moderno de Lisboa. Nessa companhia integrou o elenco de várias peças entre as quais "O tinteiro", de Carlos Muiz, e "Humilhados e Ofendidos", de Dostoievski, onde obteve grande sucesso. Durante a existência do Teatro Moderno de Lisboa, uma companhia fundada sem subsídios e perseguida pela PIDE, contracenou com actores como Carmen Dolores, Armando Cortez, Fernando Gusmão, Armando Caldas, Glicínia Quartin, Paulo Renato, entre outros. Em 1968, com Irene Cruz, João Lourenço e Rui Mendes, fundou o Grupo 4, no Teatro Aberto, onde representou vários autores como Peter Weiss, Brecht, Peter Handke e Boris Vian. Com o Grupo 4 encenou no Teatro Aberto "É preciso continuar", de Luiz Francisco Rebello. Em 1985 integra o elenco da comédia "Pouco Barulho", com Nicolau Breyner, passando depois pela Companhia Teatral do Chiado. Aí, ao lado de Mário Viegas, integrou o elenco de "f espera de Godot", de Samuel Beckett. Em 2004, dirigido por Joaquim Benite, interpretou "O fazedor de teatro", de Thomas Bernard, com a Companhia de Teatro de Almada, que lhe valeu a Menção Honrosa Crítica nesse ano. Participou ainda nas décadas de 1980 e 1990 em novelas e séries portuguesas de televisão. Entre 1996 e 1998 popularizou-se ainda na interpretação do professor em "As lições do Tonecas"

Olá a todos! Infelizmente mais uma notícia triste que trago a esse grande blog de artistas, ontem faleceu Morais e Castro, ele era um grande actor e, além disso era portuguès, Morais e Castro, trabalhou no papel de professor nas "Lições Do Tonecos" e esse é um dos meus episodios preferidos. Venho aqui fazer-lhe a minha homenagen e dizer-lhe fique com Deus. Beijinhos a todos e uma boa semana.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Los Angeles, 1984. Um local e um ano que ficam para a história do desporto nacional


Evocação: Passaram 25 anos sobre a medalha de ouro de Carlos Lopes nos jogos de Los Angeles
“O meu feito foi sobre-humano”

Carlos Lopes entrou para a história há 25 anos com a conquista da primeira Medalha de Ouro para Portugal em Jogos Olímpicos. Foi na Maratona dos Jogos de Los Angeles, em 1984, com recorde olímpico – 24 anos com a melhor marca da Maratona, fixada no tempo de 2h00, 09 m e 21s.

Lopes lembrou aquela tarde histórica nos Estados Unidos, já madrugada em Portugal, em declarações ao CM. "O meu feito foi sobre-humano. Já corria muito para aquela época. Ganhei com um recorde olímpico que durou 24 anos e que foi o mais antigo até ser batido em Olimpíadas."

Para quem viu pareceu fácil, tal a naturalidade com que o atleta, então com 37 anos, correu pelas ruas de Los Angeles. Lopes explicou o segredo. "Eu era um excelente atleta, tinha mentalidade forte e classe, mas treinava muito. Fiz 12 mil quilómetros a treinar nesse ano e uma média de 36 quilómetros por dia. Era funcionário de um banco e quando não era dispensado do meu trabalho acordava às 06h00 para ir treinar. Fazia-o de manhã, depois à tarde e trabalhava entre as 13h00 e as 17h00 [no Fonsecas e Burnay]."

Para Carlos Lopes, a vitória em Los Angeles é fácil de definir: "Foi um momento único na história do desporto nacional", disse o ex-atleta, apontando a persistência, o sacrifício e a mentalidade como chaves do seu sucesso. "Fiz tudo de maneira perfeita. Nos Jogos Olímpicos, sabia que a minha preparação me iria levar à medalha de ouro.Parti para a corrida com essa convicção ", concluiu o maratonista.

Apontamentos

Sem Cassete

Lopes lamentou não ter a cassete com a prova nos Jogos. "Acho incrível. Gostava de ver, mas não tenho as imagens", registou.

Acidente

Lopes foi vítima de um acidente quando treinava – foi atropelado – 15 dias antes dos Jogos. Ficou combalido mas recuperou rapidamente.

Veterano

Lopes ganhou a Medalha de Ouro já com 37 anos e perto do final de carreira marcada por muitas vitórias nas pistas e no corta-mato.

Depoimentos

"Andava eu a tocar nas ruas e no Metro" (Jorge Palma, Músico)

"Em 1984, andava eu entre Paris e Lisboa, à boleia, a tocar nas ruas e no metro quando soube da vitória extraordinária do Carlos Lopes. Claro que se sente um certo nacionalismo saudável. Temos sempre orgulho em Portugal nestas alturas!"

"Estava Certamente a ver e a torcer por ele" (Mário Zambujal, Escritor)

"Não sei onde estava nesse dia mas, certamente, frente a um televisor a torcer por ele e pela vitória que, sendo dele, foi também de todos nós. Somos uma raça gregária que se entristece e se alegra com os nossos."

"Não sei se Sofreu mais do que eu" (José Lello, Dirigente do PS)

"Lembro-me que fiquei acordado para ver e com uma grande angústia, depois de ter sido espoliado nas Olimpíadas anteriores. Foi uma grande alegria. Tenho dúvidas de que tenha sofrido mais do eu."


Autor: Nuno Miguel Simas
Jornal: Correio Da Manhã

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Olá a todos!
Hoje vim homenagear um grande português e lutador que é o nosso Carlos Lopes, ele que muitas medalhas ganhou por nós e, lutou ao longo de cada corrida para nos oferecer as medalhas ao nosso pais, que é Portugal e, VIVAAAA PORTUGAL!!!
Beijinhos e fiquem bem.

sábado, 8 de agosto de 2009

Raul Solnado Faleceu


Actor faleceu devido a problemas cardio-vasculares a dois meses de completar 80 anos.

Faleceu esta manhã (10h50) o actor Raul Solnado, avança a SIC Online. O humorista estava internado no Hospital Santa Maria (em Lisboa) e sucumbiu à doença cardio-vascular que o atormentava, a dois meses apenas de completar 80 anos.

Solnado começou a sua carreira, como actor amador, na Sociedade Guilherme Cossul em 1947, e profissionalizou-se na década de 50. No final dos anos 60 ficou na memória televisiva nacional ao apresentar, juntamente com Fialho Gouveia (também já falecido) e Carlos Cruz, os programas ZipZip e A Visita da Cornélia .

Além de actor e apresentador, Solnado esteve também ligado ao Teatro Villaret (em Lisboa), do qual foi director, e à Casa do Artista, instituição de apoio aos artistas reformados, que também dirigiu.
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Do seu sorriso nunca esquecerei, Raul Solnado, fica com Deus.
Beijinhos a todos.